terça-feira, 31 de outubro de 2006

Cultura Geral LVIII - Halloween

Os celtas, que há 2000 anos ocupavam a actual Irlanda, Reino Unido e norte de França, celebravam o ano novo a 1 de Novembro. Esse dia marcava o fim do Verão e das colheitas e o início do frio e escuro Inverno, altura do ano associada à morte. Os celtas acreditavam que na véspera do novo ano os limites entre o mundo dos vivos e o dos mortos se tornavam ténues. Na noite de 31 de Outubro celebravam o Samhain, altura em que os fantasmas dos mortos regressavam à terra. Os celtas acreditavam que os espíritos dos mortos ajudavam os druidas a prever o futuro.

Para comemorar o evento, os druidas faziam gigantescas fogueiras sagradas à volta das quais o povo se juntava usando máscaras, tipicamente cabeças e peles de animais, tentando predizer o futuro uns dos outros. No final das celebrações, cada família reacendia a fogueira de sua casa, apagada antes do início das comemorações, com achas da fogueira sagrada para protecção durante o Inverno.

Por volta do ano 43, os romanos já haviam conquistado a maior parte do território celta. Durante os 400 anos de ocupação, o festival romano Feralia, um dia no fim de Outubro que comemorava a morte, combinou-se com o Samhain.

No início do século VII, o Papa Bonifácio IV tentou substituir a festa celta dos mortos por uma parecida, mas aprovada pela igreja. Então, designou o dia 1 de Novembro Dia de Todos os Santos, para homenagear santos e mártires. A celebração era também conhecida por All-hallows ou All-hallowmas (do inglês antigo Alholowmesse, dia de todos os santos) e a sua véspera, a noite de Samhain, começou a ser chamada All-hallows Eve, que evoluiu para Halloween.