"Munique" ou As duas faces da mesma moeda
Fui ontem ver o último filme do sr. Spielberg. Gostei muito! Juntamente com "Crash", foi o melhor filme que vi ultimamente...
Estava reticente em ver a versão de um americano sobre a interminável guerrilha Israel/Palestina, certa de que deveria ser uma visão parcial que mostraria as "vítimas" israelitas a lutar contra os "terroristas" palestinianos. Agrada-me dizer que me enganei redondamente! Spielberg passa-nos a mensagem de que ambos são terroristas, uns com pátria, outros sem ela. Impõe-se um parêntesis: (quando digo israelitas e palestinianos, refiro-me aos governantes e líderes destes países, não ao povo em geral, esse sim vítima...)
Nunca percebi porque é que a Europa e os EUA resolveram oferecer um país aos judeus! Sei que serviu de desculpa por nada terem feito para destruir os campos de concentração durante a 2ªGM, mas não percebo... Deverá cada religião ter um país específico? Sendo assim, onde deverá ficar o país? E quanto às pessoas que já lá estavam? Que lhes fazemos? Se forem da nossa religião ficam. E as outras? São expulsas, a bem ou a mal!
É engraçado que ao oferecer terra, a França não disse "fiquem com a Normandia", a Inglaterra não disse "damo-vos o País de Gales" e os Estados Unidos não ofereceram sequer o Alasca! Não! É muito mais fácil e conveniente dar o que é dos outros! Chegaram até a considerar o sul de Angola, mas, como sabemos, Israel acabou por ficar na Palestina (na altura sob domínio inglês).
Sou totalmente anti-racista e anti-xenófoba, por isso não pensem que sou anti-semita. Sou, sim, anti-ocupação-de-território.
O que não percebo também, e que é comum a israelitas e palestinianos (e não só!), é matar em nome de Deus. Todas as religiões do mundo professam a tolerância, mas algumas pessoas acrescentam a cláusula "se praticar a mesma religião que eu"!
Já me desviei do assunto... Recomendo vivamente o filme "Munique", bem como a leitura da crónica "Quando o terrorismo estava do outro lado" de Luís e todos os comentários (107!) a ela relativos em
http://aspirinab.weblog.com.pt/2006/02/
quando_o_terrorismo_estava_do.html#comments
Estava reticente em ver a versão de um americano sobre a interminável guerrilha Israel/Palestina, certa de que deveria ser uma visão parcial que mostraria as "vítimas" israelitas a lutar contra os "terroristas" palestinianos. Agrada-me dizer que me enganei redondamente! Spielberg passa-nos a mensagem de que ambos são terroristas, uns com pátria, outros sem ela. Impõe-se um parêntesis: (quando digo israelitas e palestinianos, refiro-me aos governantes e líderes destes países, não ao povo em geral, esse sim vítima...)
Nunca percebi porque é que a Europa e os EUA resolveram oferecer um país aos judeus! Sei que serviu de desculpa por nada terem feito para destruir os campos de concentração durante a 2ªGM, mas não percebo... Deverá cada religião ter um país específico? Sendo assim, onde deverá ficar o país? E quanto às pessoas que já lá estavam? Que lhes fazemos? Se forem da nossa religião ficam. E as outras? São expulsas, a bem ou a mal!
É engraçado que ao oferecer terra, a França não disse "fiquem com a Normandia", a Inglaterra não disse "damo-vos o País de Gales" e os Estados Unidos não ofereceram sequer o Alasca! Não! É muito mais fácil e conveniente dar o que é dos outros! Chegaram até a considerar o sul de Angola, mas, como sabemos, Israel acabou por ficar na Palestina (na altura sob domínio inglês).
Sou totalmente anti-racista e anti-xenófoba, por isso não pensem que sou anti-semita. Sou, sim, anti-ocupação-de-território.
O que não percebo também, e que é comum a israelitas e palestinianos (e não só!), é matar em nome de Deus. Todas as religiões do mundo professam a tolerância, mas algumas pessoas acrescentam a cláusula "se praticar a mesma religião que eu"!
Já me desviei do assunto... Recomendo vivamente o filme "Munique", bem como a leitura da crónica "Quando o terrorismo estava do outro lado" de Luís e todos os comentários (107!) a ela relativos em
http://aspirinab.weblog.com.pt/2006/02/
quando_o_terrorismo_estava_do.html#comments
3 Comments:
Olá mana! O filme do Sr. Spieldberg ainda não fui ver, mas para ser tão bom como o Crash é preciso mesmo muito!! Não foste ver esse filme comigo e com os nossos respectivos?
Bjs!
Eu achei! São dois filmes diferentes, mas igualmente bons. O Crash ganha pela simplicidade e originalidade (apesar de o tipo várias-histórias-entrelaçadas já não ser propriamente original...)
Pois é... ainda há pessoas que julgam que a vida tem um valor relativo, dependendo se é a vida de um Ghandi ou de um terrorista islâmico, ou do KKK...
Seria interessante ver a recção dessas pessoas, se um dia, quando abrissem a janela, se deparassem com um bando de "ocupas" no seu quintal, colocados lá pelo vizinho, ou pelo presidente da junta de freguesia...
Bom domingo :)
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