Cultura Geral XXIX - presidentes do Pós 25 de Abril
Cansados da guerra colonial iniciada em 1961, os militares profissionais encetam movimentações de carácter corporativo que rapidamente se transformam em reivindicações políticas, acabando por encarar como única saída o derrube do regime pela força. É o Movimento das Forças Armadas (MFA) que desencadeia uma revolta militar em grande escala, conseguindo derrubar o regime sem o emprego da força e sem causar vítimas. Depois de uma tentativa frustrada, protagonizada pelo Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha, em 16 de Março de 1974, o processo revolucionário acelera. Na noite de 24 para 25 de Abril, duas estações de radiodifusão lançam para o ar duas canções que irão adquirir um simbolismo particular (E Depois do Adeus, interpretada por Paulo de Carvalho, que soa como uma despedida do governo marcelista, e Grândola, Vila Morena, interpretada pelo poeta banido José Afonso, um conhecido opositor do regime, canção esta que transporta uma mensagem de conteúdo democrático ao evocar a vilazinha de Grândola, onde "o povo é quem mais ordena"), desencadeando as operações militares.
O vitorioso MFA entrega o poder à Junta de Salvação Nacional que António de Spínola foi escolhido para presidir. A 15 de Maio foi proclamado Presidente da República:
15/05/1974-28/09/1974: António de Spínola
Spínola rapidamente entra em choque com as correntes mais radicais do MFA, que o empurram para a aceitação da independência das colónias, lhe anulam o projecto de concentração de poderes e lhe impõem como primeiro-ministro um militar esquerdista, Vasco Gonçalves. Bloqueado, recorre à mobilização de forças políticas da chamada «maioria silenciosa» temerosa da radicalização da revolução e da possível instauração de uma ditadura comunista em Portugal. A manifestação de apoio a Spínola (28 de Setembro de 1974) é frustrada pelas forças de esquerda, que por todo o país levantam barricadas e impedem o acesso dos partidários do general a Lisboa e outros locais de concentração. Impotente perante os acontecimentos, Spínola renuncia ao cargo, sendo substituído por Costa Gomes:
30/09/1974-14/07/1976: Costa Gomes
Costa Gomes manteve-se na presidência da República até às primeiras eleições pós 25 de Abril:
14/07/1976-14/01/1981: Ramalho Eanes
14/01/1981-09/03/1986: Ramalho Eanes
09/03/1986-13/01/1991: Mário Soares
13/01/1991-09/03/1996: Mário Soares
09/03/1996-09/03/2001: Jorge Sampaio
09/03/2001-09/03/2006: Jorge Sampaio
09/03/2006-em curso: Cavaco Silva
O vitorioso MFA entrega o poder à Junta de Salvação Nacional que António de Spínola foi escolhido para presidir. A 15 de Maio foi proclamado Presidente da República:
15/05/1974-28/09/1974: António de Spínola
Spínola rapidamente entra em choque com as correntes mais radicais do MFA, que o empurram para a aceitação da independência das colónias, lhe anulam o projecto de concentração de poderes e lhe impõem como primeiro-ministro um militar esquerdista, Vasco Gonçalves. Bloqueado, recorre à mobilização de forças políticas da chamada «maioria silenciosa» temerosa da radicalização da revolução e da possível instauração de uma ditadura comunista em Portugal. A manifestação de apoio a Spínola (28 de Setembro de 1974) é frustrada pelas forças de esquerda, que por todo o país levantam barricadas e impedem o acesso dos partidários do general a Lisboa e outros locais de concentração. Impotente perante os acontecimentos, Spínola renuncia ao cargo, sendo substituído por Costa Gomes:
30/09/1974-14/07/1976: Costa Gomes
Costa Gomes manteve-se na presidência da República até às primeiras eleições pós 25 de Abril:
14/07/1976-14/01/1981: Ramalho Eanes
14/01/1981-09/03/1986: Ramalho Eanes
09/03/1986-13/01/1991: Mário Soares
13/01/1991-09/03/1996: Mário Soares
09/03/1996-09/03/2001: Jorge Sampaio
09/03/2001-09/03/2006: Jorge Sampaio
09/03/2006-em curso: Cavaco Silva
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