Cultura Geral XXV - evolução da bandeira portuguesa
Tirando algumas pequenas alterações introduzidas por alguns reis, as bandeiras de Portugal foram as seguintes:
1143-1185: Durante as primeiras lutas pela independência de Portugal, D. Afonso Henriques terá usado um escudo branco com uma cruz azul, a exemplo de seu pai cujas armas eram simbolizadas pela cruz em fundo de prata.
1185-1248: As armas reais eram representadas por cinco escudetes azuis em fundo prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. O número de besantes em cada escudete variava. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias. Segundo as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo.
1248-1383: Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura vermelha semeada com castelos dourados, em honra ao seu avô, D. Afonso III de Castela. O número de besantes nos escudetes foi fixado em cinco, dispostos dois, um, dois.
1385-1481: As armas reais deste período eram semelhantes às do anterior, mas à bordadura vermelha com castelos foram acrescentadas as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis. (As primeiras referências designando os escudetes por quinas datam desta época.)
1481-1495: D. João II mandou que fossem retiradas das armas reais as flores-de-lis verdes e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura vermelha manteve-se semeada de castelos, embora o seu número fosse de apenas sete ou oito.
1495-1557: No reinado de D. Manuel I as armas reais foram fixadas em fundo branco. Tinham ao centro o escudo português com uma bordadura vermelha carregada de sete ou oito castelos dourados, e sobre ele uma coroa real aberta. D. Manuel I usou o escudo rectangular com a parte inferior terminada em cunha, mas D. João III preferiu o fundo redondo – chamado escudo português. O mesmo aconteceu com as quinas.
1557-1640: A coroa que figurava sobre o escudo foi substituída por uma coroa real fechada. Inicialmente, a coroa exibia três arcos, mais tarde passou a ter cinco arcos à vista. O aparecimento da coroa fechada relacionava-se com o reforço de autoridade do poder real.
1640-1834 (excepto durante o reinado de D. João VI (1816-1826)): Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca com o escudo nacional encimado pela coroa real fechada com os cinco arcos à vista, constituiu o símbolo da Restauração. Embora neste período a bandeira não tenha sofrido alterações significativas, no reinado de D. João V o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época: o bordo inferior terminava em bico de arco contracurvado e a coroa passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.
1816-1826: No reinado de D. João VI foi colocada por detrás do escudo uma esfera armilar de ouro em fundo azul, simbolizando o reino do Brasil. Após a morte do rei a esfera armilar foi retirada das armas.
1834-1910: D. Maria II determinou que a bandeira nacional passasse a ser bipartida verticalmente em branco e azul, ficando o azul junto da haste e as armas reais colocadas no centro, assentando metade sobre cada uma das cores.
desde 1910: Após a instauração do regime republicano, um decreto da Assembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de 1911, publicado no Diário do Governo nº141, do mesmo ano, aprovou a bandeira nacional que substituiu a bandeira da monarquia constitucional. Este decreto teve a sua regulamentação publicada no diário do Governo n.º 150 (decreto de 30 de Junho). A bandeira nacional é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esfera armilar manuelina (esteve presente na bandeira pessoal de D. Manuel I, ainda antes de este ser rei, e era símbolo constante nas naus portuguesas na altura do seu reinado) em amarelo e avivada de negro. O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. A divisória entre as duas cores fundamentais deve ser feita de modo que fiquem dois quintos do comprimento total ocupados pelo verde e os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema central ocupa metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior.
1143-1185: Durante as primeiras lutas pela independência de Portugal, D. Afonso Henriques terá usado um escudo branco com uma cruz azul, a exemplo de seu pai cujas armas eram simbolizadas pela cruz em fundo de prata.
1185-1248: As armas reais eram representadas por cinco escudetes azuis em fundo prata, dispostos em cruz, os dos flancos deitados e apontados ao centro. O número de besantes em cada escudete variava. Sobre a origem e simbolismo destes escudetes existem muitas teorias. Segundo as duas mais conhecidas, os escudetes aludem às cinco feridas recebidas por D. Afonso Henriques na Batalha de Ourique ou às cinco chagas de Cristo.
1248-1383: Com D. Afonso III as armas do reino receberam uma bordadura vermelha semeada com castelos dourados, em honra ao seu avô, D. Afonso III de Castela. O número de besantes nos escudetes foi fixado em cinco, dispostos dois, um, dois.
1385-1481: As armas reais deste período eram semelhantes às do anterior, mas à bordadura vermelha com castelos foram acrescentadas as pontas da cruz verde floretada da Ordem de Avis. (As primeiras referências designando os escudetes por quinas datam desta época.)
1481-1495: D. João II mandou que fossem retiradas das armas reais as flores-de-lis verdes e que se colocassem verticalmente as quinas laterais no escudo. A bordadura vermelha manteve-se semeada de castelos, embora o seu número fosse de apenas sete ou oito.
1495-1557: No reinado de D. Manuel I as armas reais foram fixadas em fundo branco. Tinham ao centro o escudo português com uma bordadura vermelha carregada de sete ou oito castelos dourados, e sobre ele uma coroa real aberta. D. Manuel I usou o escudo rectangular com a parte inferior terminada em cunha, mas D. João III preferiu o fundo redondo – chamado escudo português. O mesmo aconteceu com as quinas.
1557-1640: A coroa que figurava sobre o escudo foi substituída por uma coroa real fechada. Inicialmente, a coroa exibia três arcos, mais tarde passou a ter cinco arcos à vista. O aparecimento da coroa fechada relacionava-se com o reforço de autoridade do poder real.
1640-1834 (excepto durante o reinado de D. João VI (1816-1826)): Na aclamação de D. João IV, a bandeira branca com o escudo nacional encimado pela coroa real fechada com os cinco arcos à vista, constituiu o símbolo da Restauração. Embora neste período a bandeira não tenha sofrido alterações significativas, no reinado de D. João V o escudo foi modificado com uma fantasia ao gosto da época: o bordo inferior terminava em bico de arco contracurvado e a coroa passou a conter um barrete vermelho ou púrpura.
1816-1826: No reinado de D. João VI foi colocada por detrás do escudo uma esfera armilar de ouro em fundo azul, simbolizando o reino do Brasil. Após a morte do rei a esfera armilar foi retirada das armas.
1834-1910: D. Maria II determinou que a bandeira nacional passasse a ser bipartida verticalmente em branco e azul, ficando o azul junto da haste e as armas reais colocadas no centro, assentando metade sobre cada uma das cores.
desde 1910: Após a instauração do regime republicano, um decreto da Assembleia Nacional constituinte datado de 19 de Junho de 1911, publicado no Diário do Governo nº141, do mesmo ano, aprovou a bandeira nacional que substituiu a bandeira da monarquia constitucional. Este decreto teve a sua regulamentação publicada no diário do Governo n.º 150 (decreto de 30 de Junho). A bandeira nacional é bipartida verticalmente em duas cores fundamentais, verde escuro e escarlate, ficando o verde do lado da tralha. Ao centro, e sobreposto à união das cores, tem o escudo das armas nacionais, orlado de branco e assentado sobre a esfera armilar manuelina (esteve presente na bandeira pessoal de D. Manuel I, ainda antes de este ser rei, e era símbolo constante nas naus portuguesas na altura do seu reinado) em amarelo e avivada de negro. O comprimento da bandeira é de vez e meia a altura da tralha. A divisória entre as duas cores fundamentais deve ser feita de modo que fiquem dois quintos do comprimento total ocupados pelo verde e os três quintos restantes pelo vermelho. O emblema central ocupa metade da altura da tralha, ficando equidistante das orlas superior e inferior.
1 Comments:
adorei este artigo,parabens.
j.valente
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