terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Guna

A palavra guna ainda não aparece no dicionário da língua portuguesa, mas eu avanço com uma sugestão para o seu significado:

guna: (s.m.) indivíduo do sexo masculino que não sabe conduzir, mas pensa que é um ás ao volante. Quando a pé, costuma deslocar-se com indivíduos da mesma espécie, porque sozinho não tem coragem para afrontar os outros transeuntes. Geralmente usa boné.

(Apesar de nada ter a ver, a palavra guna terá surgido nos anos 80 com o filme “The Goonies.”)

Tenho a certeza de que já se depararam com muitos gunas, quer a pé, quer de carro. A pé são inofensivos. Têm a mania que metem medo, mas se alguém lhes responde calam-se até que a pessoa passe para depois comentarem com os colegas algo do tipo “Pas… Se fosse um gajo tinha-lhe ido às trombas, mas como era uma gaja…”

De carro podem ser muito perigosos. Pensam que estão a jogar PlayStation e impõem-se a meta de ultrapassar todo e qualquer carro que avistem à sua frente. Não são capazes de conduzir em linha recta e nunca utilizam mudanças acima da terceira. No entanto, outras vezes há em que não ultrapassam os 20km/h. Geralmente, a razão é uma das seguintes: estão a escolher o CD para ouvir a seguir; estão a enrolar um charro; a mãe vai ao lado.

Um guna que se preze tem de conduzir com uma mão no volante, a outra nas mudanças e o tronco inclinado para a direita de modo a manter a cabeça centrada relativamente ao pára-brisas. Se aos 60 anos não tiver a coluna em S é porque não foi um verdadeiro guna na juventude.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Cultura Geral LXVI - Origem da palavra "forró"

Uma teoria sobre a origem de “forró” defende que a palavra evoluiu do inglês “for all”. Alegadamente, a frase apareceria escrita numa placa à porta dos bailes promovidos pelos ingleses, instalados em Pernambuco para construírem o caminho-de-ferro, no início do século XX. Se a placa estivesse lá era sinal de que todos podiam entrar na festa, regada a ritmos dançantes que prenunciavam o forró de hoje. Outra versão da mesma história substitui os construtores ingleses em Pernambuco no início do século XX por norte-americanos de uma base militar instalada em Natal na Segunda Guerra Mundial.

Uma teoria muito menos pitoresca e interessante, mas mais estudada e fundamentada, defende que “forró” é a redução do termo “forrobodó”, que significa festa, confusão.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Filme repetido na TVI

Ao dar uma vista de olhos no teletexo ou na internet percebo que a TVI está constantemente a passar o mesmo filme. Chama-se "A designar".

sábado, 20 de janeiro de 2007

Raças americanas

Os cidadãos negros dos EUA não querem ser catalogados como negros, mas como africanos-americanos. Por essa ordem de ideias, não deveriam os brancos dos EUA ser europeus-americanos?

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Círculo ascendente

"Aplique massajando suavemente fazendo círculos no sentido ascendente" é a frase que se pode ler nos conselhos de utilização de muitos cremes de beleza. (Como quero ficar mais bonita, leio cuidadosamente todos os conselhos dos cremes que utilizo, pretendendo segui-los à risca pois se não o fizer poderá, quem sabe, nascer-me um tufo de pilosidade no meio da testa.) Então, espalho um pouco de creme na ponta dos dedos e inicio o círculo ascendentemente. Eis senão que, para espanto meu, terminado meio círculo constato que este não mais pode ascender. Se quero acabar o círculo tenho que descender! E agora? Fico com meio círculo ou descendo? Leio mais uma vez os conselhos de utilização do creme. Nada. Não há qualquer menção a este problema. Que fazer? Pondero as hipóteses por uns segundos. Olho para o relógio. Passam 10 minutos do horário de entrada ao trabalho e eu ainda em casa. Espalho o creme à bruta não sei se fazendo círculos, triângulos ou hexágonos. Decido processar a Nívea se me nascer um tufo de pilosidade no meio da testa.