terça-feira, 30 de agosto de 2005

Ser Dador – Parte IV

Conselhos para quem vai dar sangue...
Ao contrário de quando se vai tirar sangue para análises, em que convém ir em jejum, no caso de ir doar sangue não se deve ir sem comer... a última vez que tenha tomado antibióticos, anti-inflamatórios, aspirinas, deve ser pelo menos uma semana... não precisa de ficar a descansar o resto do dia, mas também não convém fazer muitos esforços... deve beber muitos líquidos ao longo do dia, para ajudar o organismo a repor o sangue tirado...
O nosso corpo por norma não reage mal à doação de sangue, mas na primeira vez que vai doar sangue, é aconselhável não ir sozinho...

Bem agora que já sabe como é... de que é que está à espera?...
Hoje sou eu a dar, amanhã és tu, depois o outro, e assim criamos uma rede continua de stock. 2 manhãs por ano... não custa nada...
Seja solidário!!! Amanhã pode ser que sejas tu a precisar!!!

domingo, 28 de agosto de 2005

Ser Dador – Parte III

Existem vários locais onde uma pessoa pode doar o seu sangue. Eu escolhi o IPO-Porto por razões pessoais, que não vale a pena especificar. Os processos são idênticos... temos que assinar um termo de confiança em como não temos nenhum comportamento de risco (não são só os supostos grupos de risco que têm comportamentos de risco), saber se fomos a qualquer país exótico, ... em suma saber se temos um risco acrescido de ter contraído doenças infecto-contagiosas (sida, hepatite, malária, ...)... depois é recolhido algum sangue para fazer algumas análises (níveis de hemoglobina, substâncias externas, como medicamentos, ...)... a seguir é a vez de falar-mos com médico, que nos pesa, nos mede a tensão, nos faz um pequeno questionário, afim de saber se não corremos nenhum risco de saúde ao fazer a doação... se “passarmos” neste rasteio, passamos à acção e é recolhido 400cc de sangue...

sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Ser Dador – Parte II

Vantagens em ser dador de sangue...
Além da mais óbvia, que é ajudar a salvar alguém que pode estar em risco de vida... da satisfação pessoal em se fazer o que é correcto... Temos também o facto de que em princípio, sempre que precisarmos de sangue, estamos no topo da lista. Não temos que pagar taxas moderadoras nos hospitais e nos centros de saúde, podemos visitar os nossos familiares e amigos no hospital, mesmo fora do horário de visitas, apesar de as vezes as pessoas que estão nos “postos de controlo” desconhecerem esta parte da lei... Para além do facto de nos fazerem algumas análises e se for detectado algum problema podemos ser encaminhados para o local adequado, ou seja, temos um mini-controlo de saúde regular, há uma renovação parcial do nosso sangue, o que nos ajuda a evitar aqueles pequenos percalços que por vezes temos, como gripes...

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Onde vivem os portugueses?

Já é do conhecimento geral que as maiores densidades populacionais são nas cidades, junto ao litoral. Claro que isso acarreta toda uma série de factores. São meios com um maior dinamismo e desenvolvimento, a taxa de analfabetismo é inferior, as pessoas tem acesso mais facilitado à informação, às tecnologias e fundamentalmente à cultura. No entanto, também é onde se regista os casos de pobreza extrema, maiores taxas de toxicodependência e de desemprego.

Mas o Instituto Nacional de Estatística fez um estudo, com números bastante reveladores. Nas 141 cidades portuguesas, que ocupam unicamente 2% do nosso território, vive cerca de 40% da população, em que temos 2 187 habitantes por km2. E cerca de metade da população citadina concentra-se unicamente em 14 cidades, sendo as com maior taxa de habitantes: Lisboa, Porto, Gaia, Amadora, Braga, Almada, Coimbra e Funchal.

O parque habitacional das cidades é mais envelhecido, em Lisboa e Porto a percentagem de edifícios construídos antes de 1945 é 6 vezes superior do que os construídos após 1991.

Ser Dador – Parte I

A minha aventura como dador começou ainda não tinha eu idade para essas coisas. Não sei de onde me veio essa vontade... Depois durante a idade em que os interesses são mais pessoais do que colectivos essa vontade ficou latente... esquecida... Mas em 1998, tinha eu ainda uns frescos 22 anitos, lá vou ao IPO-Porto oferecer-me como dadora de sangue. Qual não foi o meu espanto quando soube que tinha de ter pelo menos 50 kg... como estávamos no inverno, lá consegui ludibriar a balança com as botas e o blusão... e fiz a minha primeira dádiva... saindo de lá feliz e contente, como se tivesse salvado toda a humanidade... 6 meses depois volto lá, para mais uma contribuição, desta vez minto na idade... fazem a recolha... dá-me um treco... levo um raspanete da médica, parece que podia ter ficado com lesões permanentes no cérebro... Resultado, enquanto não conseguir engorda uns quilitos não posso fazer mais contribuições... e assim se acaba uma vontade... por 4 quilos a menos...

Mas dar sangue é a forma mais rápida, indolor e sem qualquer perda pessoal, de ajudar os outros!!!

Seja herói por um dia, algumas vezes por ano, ao longo da sua vida!!!

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

resultados de um estudo realizado em 2002, por Manuel Villaverde Cabral, mas penso que a realidade de hoje não deve andar assim tão longe...
alguns dos números chegados, foram:
- em média um português demora cerca de 25 min na deslocação ao hospital mais próximo...
- 15 min até ao centro de saúde da área de residência...
- 10 min até à farmácia...
chegando ao centro de saúde, temos que:
- 51% dos portugueses não consegue ter a consulta nesse dia...
- 54% destes tem de esperar mais de 2 semanas pela consulta...
- para 48% dos casos o tempo de espera entre ser visto pelo médico de família e ter uma consulta no hospital é superior a um mês...

é caso, quase para dizer, só está doente quem pode...

quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Sonhar com Confúcio

Certo preceptor adormeceu a dar uma lição ao seu educando.
Ao acordar, notou que o aluno não parava de o fitar. Assim, sentiu necessidade de se justificar:
- Rapaz, o meu sonho levou-me a visitar Confúcio!
No dia seguinte, o estudante já pouco se importava com as lições; vivo como era, não deixou de seguir o exemplo do mestre, e quando o peso da sabedoria do professor se fez sentir sobre as suas pálpebras, cerrou-as sem qualquer mal-estar.
O mestre, vendo o à-vontade com que o menino fazia a sua soneca, acordou-o com um abanão:
- Então, ó rapaz, o que vem a ser isto? A dormitar durante o estudo?
- Senhor, segui o seu exemplo, fui visitar Confúcio e ele informou-me que ontem não o tinha visto!

Retirado do livro “Contos da Terra do Dragão”, contos tradicionais e populares da China. Recolha, adaptação e tradução de Wang Suoying e Ana Cristina Alves.