terça-feira, 31 de janeiro de 2006

Os números do aquecimento global

Porque o tempo urge, a Environmental Defense (http://www.environmentaldefense.org) pede para que seja o mais divulgada possível a lista de números alarmantes abaixo apresentada. Para que o combate ao aquecimento global seja uma prioridade em 2006...

1 - Lugar de 2005 no top dos anos mais quentes (empatado com 1998, segundo a NASA)

100% - Aumento da intensidade e duração dos furacões e tempestades tropicais desde os anos 70

$100 000 000 000 (100 mil milhões) - Estimativa do valor dos danos causados por furacões em 2005, só nos EUA

2030 - Ano em que o Parque Nacional de Glaciares (Glacier National Park - EUA) deixará de ter glaciares

400 000 - Milhas quadradas de gelo do Ártico que derreteram nos últimos 30 anos ameaçando os habitats dos ursos polares e aumentando o aquecimento global

15 a 37% - Quantidade de plantas e animais que o aquecimento global pode matar até 2050

1 - Lugar dos EUA no top dos responsáveis pelo aquecimento global

6 - Número de ex-líderes da Agência para a Protecção do Ambiente (U.S. Environmental Protection Agency) que dizem que os EUA nada fazem para travar o aquecimento global

0 - Número de leis do Congresso para travar o aquecimento global

0 - Número de vezes que o Presidente Bush mencionou as palavras "global warming" ou "climate change" ao dirigir-se ao Congresso

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

As tampinhas plásticas

Sempre pensei que aquela história de coleccionar tampas de garrafas para serem trocadas por cadeiras de rodas fosse uma grande treta. Afinal não! É mesmo verdade!

A Associação Tampa Amiga (http://www.tampinhas.org) surgiu a partir da grandiosidade da enfermeira Guadalupe Jacinto que, em 2003, decidiu juntar tampas para vender a empresas de reciclagem e comprar material ortopédico para o Hospital Garcia de Orta e emprestar a quem dele necessita. Hoje, a Associação já "trabalha" a nível nacional.

Infelizmente, esta iniciativa nunca foi muito noticiada (apenas encontrei um artigo na Visão: http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=34584), mas existe de verdade, por isso, façam o favor de juntar tampas de garrafas e garrafões de água normais e desportivas, de iogurtes, de sumos, de detergentes, shampoos, óleos e vinho. Quando tiverem uma boa quantidade, entreguem as tampinhas num dos MUITOS locais de recolha (visitem o site para saber quais são).

Não custa nada e só ajuda...

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

ontem fui ao cinema... ver ‘O Crime do Padre Amaro’... qualquer semelhança com o romance de Eça de Queiroz... é pura coincidência...

terça-feira, 3 de janeiro de 2006

'Os dias mais longos do ano'

Costumamos dizer que 21 de Dezembro, dia do solstício de inverno, é o dia mais curto do ano. Mas essa afirmação é ambígua. De que dia estamos a falar? Se estivermos a falar do período que decorre entre o nascer e o pôr do Sol, então estamos certos. Ou quase certos... Olhando para um almanaque astronómico, reparamos que em fins de Dezembro há alguns dias em que o Sol está acima do horizonte um segundo menos do que no exacto dia do solstício.

Mas as coisas mudam realmente de figura se falarmos do dia completo. Como definimos então esse dia? Se o definirmos como um período de 24 horas, a pergunta não tem sentido, pois 24 horas são sempre 24 horas e aí não há dias mais longos nem dias mais curtos.

O dia terrestre, contudo, não tem exactamente 24 horas. Se o definirmos, por exemplo, como o período entre dois meios dias solares (momento em que o Sol atinge a altura máxima), verificamos que há dias maiores e dias menores. Devido à inclinação do eixo da Terra, à forma elíptica da sua órbita e ainda a outros factores menores, há dias mais longos e dias mais curtos.

A diferença é de pouca monta. No máximo, são 30 segundos a mais ou 30 segundos a menos em relação ao período de 24 horas. Nada que se veja. Acumulados ao longo de semanas, contudo, esses 30 segundos chegam a valer 16 minutos a mais e 14 minutos a menos. Por essa razão, o tempo marcado pelos relógios solares tem de ser convertido, usando uma regra a que se chama equação do tempo.

O curioso é que agora, em fins de Dezembro, os dias têm cerca de 24 horas e 30 segundos. São os dias mais longos do ano. Quem adivinharia que tal iria acontecer precisamente no princípio do Inverno?!

Nuno Crato


(Crónica publicado no Expresso)