Cultura Geral LVIII - Halloween

Os celtas, que há 2000 anos ocupavam a actual Irlanda, Reino Unido e norte de França, celebravam o ano novo a 1 de Novembro. Esse dia marcava o fim do Verão e das colheitas e o início do frio e escuro Inverno, altura do ano associada à morte. Os celtas acreditavam que na véspera do novo ano os limites entre o mundo dos vivos e o dos mortos se tornavam ténues. Na noite de 31 de Outubro celebravam o Samhain, altura em que os fantasmas dos mortos regressavam à terra. Os celtas acreditavam que os espíritos dos mortos ajudavam os druidas a prever o futuro.

Para comemorar o evento, os druidas faziam gigantescas fogueiras sagradas à volta das quais o povo se juntava usando máscaras, tipicamente cabeças e peles de animais, tentando predizer o futuro uns dos outros. No final das celebrações, cada família reacendia a fogueira de sua casa, apagada antes do início das comemorações, com achas da fogueira sagrada para protecção durante o Inverno.

Por volta do ano 43, os romanos já haviam conquistado a maior parte do território celta. Durante os 400 anos de ocupação, o festival romano Feralia, um dia no fim de Outubro que comemorava a morte, combinou-se com o Samhain.

No início do século VII, o Papa Bonifácio IV tentou substituir a festa celta dos mortos por uma parecida, mas aprovada pela igreja. Então, designou o dia 1 de Novembro Dia de Todos os Santos, para homenagear santos e mártires. A celebração era também conhecida por All-hallows ou All-hallowmas (do inglês antigo Alholowmesse, dia de todos os santos) e a sua véspera, a noite de Samhain, começou a ser chamada All-hallows Eve, que evoluiu para Halloween.

Cultura Geral LVII - manuscrito Voynich

Será possível ler um livro escrito num alfabeto desconhecido, numa linguagem desconhecida, numa data desconhecida e num local desconhecido? Há quase 100 anos que historiadores e cientistas o tentam fazer com um documento chamado Manuscrito Voynich. O que se sabe sobre o livro é pouco e nada certo: será originário da Itália ou da Europa Central e terá sido escrito entre os séculos XV e XVI.

O manuscrito deve o seu nome a Wilfrid M. Voynich, um americano coleccionador de livros raros que se deparou com o livro em 1912 na biblioteca de um colégio jesuíta, em Frascati, Itália. Voynich comprou o manuscrito e enviou cópias de algumas páginas a vários académicos: paleógrafos, criptógrafos, historiadores, linguistas, filólogos, até astrónomos e botânicos, mas sem sorte. O livro mantém-se um enigma até hoje.

Cultura Geral LVI - origem da palavra 'capela'

Do italiano capella, capa, porque a capa de São Martinho foi guardada num santuário.

Cultura Geral LV - 61º aniversário da ONU

A Segunda Guerra Mundial relançou a ideia da criação de um organismo supranacional capaz de arbitrar conflitos, de impedir a resolução de problemas de relacionamento entre estados pelo recurso às armas, de garantir a igualdade entre os estados e de fazer respeitar os direitos humanos. Foi com esses propósitos que, em 1945, representantes de 50 países se reuniram em São Francisco, EUA, para redigir a Carta das Nações Unidas.

A Organização das Nações Unidas existe oficialmente desde 24 de Outubro de 1945, altura em que a Carta foi ratificada por países como a China, a França, a União Soviética, os Estados Unidos e o Reino Unido. Portugal aderiu a 14 de Dezembro de 1955. Hoje, a ONU conta com 192 estados membros.

Todo o esforço e todo o trabalho desenvolvido para a conservação da paz e dos direitos humanos proporcionaram-lhe o prémio Nobel da Paz em 2001, prémio partilhado com Kofi Annan, secretário-geral da organização desde 1 de Janeiro de 1997 e até 31 de Dezembro de 2006.

Cultura Geral LIV - 666

O Número da Besta é, de acordo com a tradição cristã, um número correspondente ao nome da Besta, supostamente 666 (616 nalguns manuscritos). De acordo com o Apocalipse, este número será grafado na testa e na mão dos que viverem sob o domínio da Besta (Apocalipse 13:16-18).

A origem da profecia está provavelmente associada à tessera, sinal marcado sobre os escravos romanos. Deste modo, o autor de Apocalipse estaria a associar o uso da marca da Besta a uma forma de escravização.

Alguns textos católicos e historiadores defendem que 666 se relacione com Nero, imperador romano. Esta crença é baseada no facto de cada letra do alfabeto hebraico estar associada a um número. Então, Nero César (em hebraico נרון קסר, Nrwn Qsr "Neron Qesar") assume o valor 666 no alfabeto hebraico, pois r=200, s=60, q=100, n=50 e w=6. Outra versão para o nome de Nero é נרו קסר, Nrw Qsr, que soma apenas 616.

No entanto, para os ebionitas (que seguem apenas o Velho Testamento e negam a divindade de Cristo) 666 designa Paulo de Tarso, pois em hebraico 666 é escrito com as consoantes T-R-S-W (TARSO). Para os ebionitas, Paulo de Tarso foi o responsável pelo surgimento da idolatria cristã.

Também origem de muitas superstições é o facto de 666 em numeração romana se escrever DCLXVI, representação que usa todos os símbolos numéricos romanos abaixo de 1000 e na ordem inversa dos seus respectivos valores (D = 500, C = 100, L = 50, X = 10, V = 5, I = 1).

O facto de o seno de 666º ser igual ao simétrico de metade do número de ouro, deu origem à frase inglesa "The sign of the devil is the opposite of good, but only half as strong."

Na cultura chinesa, 666 é considerado um número de sorte, pois o seu som é muito parecido com o de uma frase equivalente a “tudo corre bem”.

Matematicamente, 666 é a soma dos primeiros 36 números naturais (i.e. 1 + 2 + 3 + ... + 34 + 35 + 36 = 666), e a soma dos quadrados dos primeiros 7 números primos (i.e. 22 + 32 + 52 + 72 + 112 + 132 + 172 = 666).

Mais simplesmente, 666 é o número natural entre 665 e 667.

Cultura Geral LIII - origem da palavra ‘maionese’

Em francês, o sufixo -aise significa nativo ou originário de. A mahonnaise foi criada para celebrar a vitória dos franceses contra os ingleses, em 1756, numa batalha na ilha espanhola de Port Mahón (Baleares).

Cultura Geral LII - vespas

São insectos sociais com o abdómen anelado de amarelo e preto e cuja fêmea é provida de um aguilhão venenoso não serreado como acontece nas abelhas. Apresentam todos os estados de aquisição duma vida social, desde as vespas solitárias, cuja sociabilidade é rudimentar, até às vespas sociais cuja vida é regulada por um comportamento social elaborado.

As vespas sociais têm rainhas e obreiras, cooperam no cuidado com as larvas e têm várias gerações simultâneas. A rainha hiberna e na Primavera faz um ninho onde coloca a sua primeira postura. No ninho, as larvas crescem em celas horizontais e as obreiras, que são fêmeas estéreis, alimentam-nas com insectos mastigados.

As vespas são muito úteis para os jardins pois uma só vespa pode destruir mil moscas e mil lagartas!

Cultura Geral LI - origem da palavra ‘malária’

Do italiano medieval mal (mau) aria (ar), que descrevia o miasma dos pântanos em torno de Roma nos meses de Verão, que se acreditava ser causador de febres.

Agora que o verão parece ter MESMO chegado ao fim!!!

Cultura Geral L - Lúcifer e o planeta Vénus

O nome Lúcifer é frequentemente aplicado a Satanás, mas não há base bíblica para isso. Em Isaías 14:12 aparece a palavra hebraica hêlîl (ou haleal) referindo-se à estrela da manhã, i.e., o planeta Vénus. A passagem fala sarcasticamente do Rei da Babilónia, dizendo que este se considerava igual a Deus, mas tal como a estrela da manhã é brilhante no céu, empalidece em comparação com o Sol. Na tradução para o latim foi utilizado o termo lucifer, portador de luz. As versões mais recentes já usam “estrela da manhã”.

Espanhóis querem união de Portugal com Espanha

Quase metade da população espanhola (45,7%) defende uma união entre Portugal e Espanha, de acordo com uma sondagem realizada para a revista espanhola Tiempo.

Dos que querem a fusão na Península Ibérica, 43,4% afirmam que o novo Estado deve chamar-se Espanha, contra 39,4% que favorecem a opção Ibéria. Apenas 3,3% preferem Lisboa como a capital do novo país, contra 80% que preferem Madrid.

No que diz respeito ao regime de governação do novo Estado, cerca de metade dos eleitores defendem que o regime deve manter-se monárquico, contra 30,2% que defendem que o novo país seja uma República.

Felizmente, apenas 28% dos portugueses favorecem a união com Espanha. Ufa! Que alívio!...

Cultura Geral XLIX - incunábulo

As obras impressas pela oficina de Gutenberg e por outras oficinas que utilizavam os mesmos processos até ao ano de 1500 são denominadas incunábulos (do latim incunabula, berço, princípio).

Cultura Geral XLVIII - origem da palavra ‘calcular’

Deriva de calculus, latim para seixo. Na Grécia e Roma Antigas, eram utilizadas pedrinhas no ábaco para fazer contas.

Cultura Geral XLVII - origem da palavra ‘humor’

A palavra latina humóre significa líquido. Os antigos cientistas acreditavam que quatro líquidos faziam parte da constituição do nosso corpo e que o nosso temperamento (do latim temperamentum, mistura) era determinado pelas proporções destes humores: sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra.

Se uma pessoa possuía uma maior quantidade de sangue, então tinha um temperamento vivo e optimista. Uma maior quantidade de fleuma faria a pessoa lenta e pachorrenta, ou seja, fleumática. Bílis amarela a mais significava um temperamento irritável, colérico (do latim cholericu, bilioso). Demasiada bílis negra (uma invenção dos fisiólogos antigos) fazia-nos tristes, melancólicos (do latim melancholia, o estado de ter bílis negra a mais).

Qualquer desproporção destes líquidos tornava uma pessoa não equilibrada e, com o decorrer dos tempos, a palavra humor tomou o significado de estranheza e uma pessoa humorada era o que hoje chamamos excêntrica. Mais tarde, humor e humorado passaram a referir-se àqueles que conseguiam provocar o riso brincando com as estranhezas e incongruências da vida.

Cultura Geral XLVI - Polónia

A República da Polónia tem uma área total de 312.685 km^2 e 38,6 milhões de habitantes, sendo Varsóvia, a capital, a cidade com maior número de pessoas (1,6 milhões). A Polónia faz fronteira com a Rússia (enclave de Kaliningrado), a Lituânia, a Bielo-Rússia, Ucrânia, Eslováquia, República Checa e Alemanha e é banhada a norte pelo mar Báltico. A língua oficial é o polaco e as religiões maioritárias são o catolicismo e religião ortodoxa.

A economia polaca caracteriza-se por uma forte tradição agrícola, utilizando cerca de 60% do território e 16% da população activa na produção de bens agrícolas, designadamente sementes, batatas, açúcar, forragens e criação de gado. As indústrias polacas prendem-se essencialmente com a metalomecânica, a indústria mineira e química, a construção naval, a indústria do vidro, bebidas e têxteis. O sector industrial ocupa cerca de 30% da população activa e contribui para 31% do PIB.

No dia 1 de Maio de 2004 a Polónia passou a integrar a União Europeia. No entanto, a sua unidade monetária continua a ser o zloti (1€ = 3,9z).

Pátria de Maria Sklodowska-Curie, vencedora dos prémios Nobel da física (1903) e da química (1911), a Polónia viu nascer mais quatro prémios Nobel da literatura e um da paz.

Cultura Geral XLV - escaravelho

Nome atribuído a animais do filo dos artrópodes, da classe dos insectos, da ordem dos coleópteros e da família dos Escarabeídeos, constituída por cerca de quinze mil espécies. Distribuem-se por toda a superfície da Terra e são particularmente abundantes nas regiões tropicais.

Em geral, os machos são mais compridos e podem apresentar chifres, com que lutam com os outros machos pelas fêmeas, e espinhos. Algumas espécies podem estridular (produzir som friccionando uma parte do corpo com outra) quer durante o estado larvar quer no estado adulto. Os escaravelhos são fitófagos (alimentam-se de vegetais) ou coprófagos (alimentam-se de excrementos). Vivem sobre o estrume, fungos e vegetação, ou debaixo dos esconderijos de vertebrados e em formigueiros.

Na generalidade das espécies a postura dos ovos ocorre no solo, nas fezes dos herbívoros ou em matéria em decomposição. Algumas espécies arrastam esferas de estrume fresco com as patas posteriores antes de as enterrar e pôr os ovos no seu interior. Algumas enterram estrume com os ovos.

O comprimento dos Escarabeídeos varia entre os dois milímetros e os dezassete centímetros!

Cultura Geral XLIV - Che Guevara morreu há 49 anos

Ernesto Guevara de la Serna nasceu em Rosario, Argentina, a 14 de Junho de 1928, no seio de uma família aristocrática porém de ideais socialistas.

Convencido de que a revolução era a única solução possível para acabar com as injustiças sociais existentes na América Latina, em 1954 Guevara marcha rumo ao México, onde se une ao movimento integrado por revolucionários cubanos seguidores de Fidel Castro. Aí ganhou a alcunha "Che", devido ao sotaque argentino.

Nos finais da década de 1950, Che acompanha Fidel e os seus guerrilheiros na invasão de Cuba, primeiro como médico mas logo assumindo o comando do exército. Após o triunfo da revolução é nomeado Ministro da Indústria (1961-1965).

Viajou por África, nomeadamente pelo Congo onde lutou junto aos revolucionários anti-belgas, sendo derrotado em 1965. Em 1966 foi para a Bolívia chefiar um grupo guerrilheiro na região de Santa Cruz. Acabou por ser capturado e morto pelo exército boliviano a 9 de Outubro de 1967. Os seus restos descansam no mausoléu da Praça Ernesto Che Guevara em Santa Clara, Cuba.

"Os poderosos podem matar uma, duas até três rosas, mas nunca deterão a primavera."
Che Guevara

Cultura Geral XLIII - origem da palavra ‘gorila’

Do grego Gorillai, tribo de mulheres peludas, provavelmente de origem africana.

Cultura Geral XLII - origem da palavra ‘azar’

Do árabe al zahr, que significa “o dado”. Na Europa Ocidental, o termo passou a designar cada um dos vários jogos de dados aprendidos na Terra Santa durante as cruzadas. A má conotação nasceu com a batota da corrupção dos dados.

Cultura Geral XLI - definição de segundo

Antigamente, o segundo correspondia a 1/86400 do dia solar médio. Hoje, a definição de segundo, adoptada em 1967 na 13ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, é: duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133 (o utilizado nos relógios atómicos).

Cultura Geral XL - robot

O termo robot (robô) vem do checo robota, que significa servidão, trabalho forçado, e foi usado pela primeira vez em 1921 por Karel Čapek no seu romance "Rossum's Universal Robots". Os robôs de Čapek eram máquinas de trabalho incansáveis, de aspecto humano, com capacidades avançadas mesmo para os robôs actuais.